quarta-feira, 15 de junho de 2016

Reino Fungi

INTRODUÇÃO
O Reino Fungi é dividido em quatro grupos, são esses: quitridiomicetos, zigomicetos, ascomicetos e basidiomocetos.

ZIGOMICETOS:
Os zigomicetos são também denominados ficomicetos. Alguns são parasitas mas a maioria são saprófagos, vivendo livremente no solo e se alimentando de matéria orgânica em decomposição.
São formados por hifas de parede quintinosas, não possuem esporos flagelados e mais de 750 mil espécies são conhecidas atualmente.
Na reprodução sexuada produzem zigósporos (o conjunto de zigotos dormentes dentro do zigosporângio é conhecido como zigósporo) que são zigotos com parede espressa e resistente, também formam zigosporângios. Na reprodução assexuada formam esporos em esporângios.


QUITRIDIOMICETOS:
Os quitridiomicetos vivem em água doce ou salgada e em solo úmido, vivem da absorção da matéria orgânica. São cosmopolitas, o que significa que vivem em diversas partes do mundo, podendo ser parasitas ou saprófagos. Têm células com flagelo em alguma fase da vida, sendo este auxiliar na locomoção em meio aquático.
Os gametângios geram gametas haploides flagelados, originando um zigoto diploide. Esse zigoto se desenvolve e forma um fungo diploide,que dá origem a um gametófito e um esporófito, assim reiniciando o ciclo, alternando entre as fases sexuada e assexuada.


ASCOMICETOS:
Os ascomicetos podem ser saprófagos, mutualísticos ou parasitas, a sua maioria é constituída por hifas. Englobam a maioria dos fungos patogênicos para as plantas. Uma das suas principais características são os micélios septados, com sua parede celular contendo quitina e glucanas, e o asco, que é a produção de um tipo especial de esporângio.
Nos unicelulares a reprodução assexuada ocorre por brotamento, já nos pluricelulares por esporos. Na reprodução sexuada as hifas formam os ascogônios (gametângios femininos) e os anterídios (gametângios masculinos). Quando os dois se encontram e forem de sexo oposto, podem se fundir, dando origem a um novo fungo.



BASIDIOMICETOS:
São cosmopolitas e vivem principalmente em um ambiente terrestre, sendo a maioria saprófaga, mas também existem parasitas e mutualísticos. Seu micélio é composto de várias hifas ramificadas.
A reprodução assexuada ocorre por fragmentação do micélio e produção de esporos. A reprodução sexuada Pode acontecer através da copulação de duas hifas, ou de um esporo e uma hifa.

BASIDIOMICETOS
CARACTERÍSTICAS:
Basidiomicetos, ou Basidiomycota é o filo do reino dos Fungos que contém cerca de 22 mil espécies. Tais tipos de fungo são cosmopolitas, ou seja, é comum a todos ou a marioria dos países do planeta. Eles vivem bem em ambiente terrestre e a sua maioria é saprófaga, o que significa que eles vivem sobre a matéria orgânica de organismos não vivos que estão em decomposição. Porém existem alguns que são parasitas. Alguns basidiomicetos são mutualísticos, e estabelecem relações benéficas com outros organismos.

A característica que principalmente distingue os basidiomicetos dos outros filos é a existência do basídio, que é uma estrutura que responsável por produzir exógenos, nomeados basidioesporos. Os basidioesporos são geralmente encontrados em número de quatro. Em sua maioria, os basidiomicetos são unicelulares e miceliais, porém existem algumas exceções como as leveduras basidioporógenas, que são unicelulares. Outra característica que distingue os basidiomicetos é o grampo de conexão, que faz com que seja transmitido um núcleo de uma hifa dicariótica para outra.


REPRODUÇÃO:
Os basidiomicetos podem se reproduzir de forma sexuada ou assexuda.
Na reprodução sexuada há a copulação de duas hifas compatíveis ou então de um esporo e uma hifa. Com esta junção é formada uma celular dicariótica ou binucleada que sofre divisão celular (neste caso, sofre fibulação, um tipo de divisão celular). Depois ocorre a carioagamia e a meiose, que no fim formarão quatro basidiósporos. Tais basidiósporos são lançados no ambiente de forma que sejam espalhados pelo vento ou por animais.

Já a reprodução assexuada pode ocorrer com a fragmentação do talo, com a produção de esporos assexuais ou então, com o brotamento em espécies unicelulares.


IMPORTÂNCIA:
Os cogumelos são comumente usados na indústria alimentícia, como o cogumelo champignon, da espécie Agaricus campestris, que é muito usado na produção de pratos como estrogonofe, pizzas, etc.

Alguns basidiomicetos são extremamente prejudiciais para plantas, para o homem e para animais domésticos e selvagens. Exemplo disso é a ferrugem do café, doença que afeta as folhas de café, causada pelo fungo Hemileia vastatrix, um basidiomiceto.
Como a maioria dos fungos, eles tem um papel importante na decomposição da matéria orgânica, sendo essenciais para a reciclagem de nutrientes.

ASSOCIAÇÃO DOS FUNGOS:

Algumas espécies de fungos se associam com outros organismos estabelecendo com eles relações que podem ser benéficas, ou não.
O mutualismo é uma relação harmônica interespecífica em que duas espécies se associam e se beneficiam dessa interação, que às vezes pode ser de dependência ou não. Por vezes chamado de mutualismo obrigatório, o mutualismo se diferencia da protocooperação pelo fato de que a sobrevivência das espécies envolvidas no mutualismo depende da interação entre ambas. A seguir iremos ver alguns exemplos de mutualismo.
Os líquens são constituídos por algas clorofiladas e fungos que vivem em estreita associação, sendo que as algas, por meio da fotossíntese, sintetizam matéria orgânica que o fungo utiliza como alimento. Por sua vez, o fungo consegue reter umidade e nutrientes que a alga utiliza, além de conferir proteção à alga. Esse mutualismo entre a alga e o fungo permite que os líquens sobrevivam em ambientes em que nem a alga e nem o fungo conseguiriam sobreviver sozinhos.
Já as micorrizas são associações entre fungos e raízes de certas plantas, como orquídeas, morangueiros, tomateiros, pinheiros, etc. O fungo, que é um decompositor, fornece ao vegetal nitrogênio e outros nutrientes minerais; em troca, recebe matéria orgânica fotossintetizada.

O parasitismo, por exemplo, é um fungo se relacionando com um ser vivo, sendo essa relação negativa para o ser, pois os fungos parasitas se alimentam de substâncias que retiram dos organismos vivos nos quais se instalam, prejudicando-o. Os fungos parasitas geralmente não matam o hospedeiro mas limitam grandemente o seu crescimento. No caso de fungos parasitas de plantas, o esporo desenvolve-se à superfície da folha, penetrando pelo estoma e formando expansões designadas haustórios, através dos quais retira o alimento de que necessita dos citoplasmas vegetais.
Um exemplo é a micose. Nela, os fungos se desenvolvem efetivamente na pele humana e de animais, por meio de estruturas filamentosas ramificadas e septadas denominadas "hifas". O conjunto das hifas constitui o chamado "micélio", o qual se nutre de uma proteína existente na superfície da pele denominada queratina. Por esta razão são também denominados fungos ceratinofílicos. São infecções que se desenvolvem e proliferam rapidamente, na maioria das vezes em que há um excesso de calor e umidade.

Há também o predatismo, aonde “estranhos” fungos capturam e alimentam-se de pequenos animais vivos (nemátodos) que vivem no solo. As hifas destes fungos segregam substâncias anestésicas que imobilizam estes animais, após o que envolve o seu corpo com o micélio e o digerem. Outras espécies de fungos predadores capturam os nemátodos com o auxílio de verdadeiras armadilhas formadas por argolas de hifas, que, quando estimuladas pela passagem do animal, aumentam de tamanho em cerca de 0,1 segundos, aprisionando-o, sendo de seguida digerido.
Comensalismo é uma das relações entre organismos de espécies diferentes que se caracteriza por ser benéfica para uma espécie, não causando prejuízo para a outra espécie. O fungo é beneficiado enquanto o outro organismo da associação é neutro. Um exemplo é a decomposição. Fungos são os principais decompositores da natureza, quebrando os produtos orgânicos e reciclando carbono, nitrogênio e outros compostos do solo e do ar.

Reino Animal


Reino Animal


​O Reino Animal ou Animalia ou Metazoa é composto por organismos heterótrofos, ou seja, aqueles que não produzem o próprio alimento, sendo portanto, uma característica muito marcante que os difere, por exemplo, do Reino Vegetal (Plantae).

Em sua maioria, os seres que pertencem ao reino animal têm capacidade de locomoção e fazem reprodução sexuada. São classificados em diversos filos, sendo muitos deles animais invertebrados (aqueles que não possuem vértebras). Os animais vertebrados que possuem crânio, vértebras e coluna dorsal pertencem ao Filo dos Cordados.

São organismos eucariontes e pluricelulares. O desenvolvimento embrionário determina características importantes para sua classificação, todos os animais possuem o estágio da blástula no seu desenvolvimento.

Características do Reino Animal
Eucariontes: células com núcleo diferenciado, ou seja, envolvido por membrana.
Heterótrofos por ingestão: necessitam ingerir outros seres vivos, pois não produzem o próprio alimento;
Pluricelulares: corpo formado por muitas células;
Aeróbicos: respiram o oxigênio que tiram do ar ou da água, conforme o meio em que vivem;
A reprodução é sexuada, ou seja, envolve a união de gametas. Mas alguns invertebrados fazem de modo assexuado.
Não possuem celulose e clorofila (aclorofilados);
Possuem tecidos e órgãos, com exceções dos filos mais simples como os Poríferos;
Presença da blástula: esfera de células, oca, com líquido no interior. É a segunda fase de segmentação das células no desenvolvimento embrionário depois da formação do zigoto (mórula-blástula-gástrula-nêurula).
Presença de Celoma: é uma cavidade embrionária presente em todos os vertebrados, sendo que os platelmintos são pseudocelomados e os poríferos não possuem;
A maioria dos animais têm simetria bilateral: duas metades do corpo simétricas. Também pode acontecer a simetria radial (vários planos longitudinais a partir do centro do corpo, exemplo: equinodermos) ou ainda ausência de simetria (esponjas).





O reino animal é dividido em diversos filos, sendo os principais: poríferos, cnidários, platelmintos, nematódeos ou nematelmintos, anelídeos, equinodermos, moluscos, artrópodes e cordados (vertebrados).



Animais Vertebrados

Leão do filo Chordata
 
Os animais vertebrados são pertencentes ao Filo dos Cordados (Chordata), marcados pela presença da medula espinhal e coluna vertebral. São divididos em 5 classes, a saber:

Peixes: Corpo coberto por escamas e respiração branquial (retiram oxigênio da água). Não controlam a temperatura do corpo(pecilotérmicos). Exemplos: dourado, arraia, tubarão.

Anfíbios: Animais que dependem da água na fase larval (respiração branquial) e passam por uma metamorfose corporal na vida adulta e adquirem a respiração pulmonar, é o caso dos sapos, rãs, pererecas e salamandras. São pecilotérmicos.

http://brasilescola.uol.com.br/upload/conteudo/images/os-passaros-sao-animais-pertencentes-ao-filo-chordata-559d61f107a75.jpgRépteis: Possuem respiração pulmonar e corpo coberto de escamas ou carapaça. Podem viver na água ou na terra e são pecilotérmicos. Exemplos: tartarugas, jacarés e lagartos.

Caixa de texto: Os pássaros são animais pertencentes ao Filo Chordata

Aves: Corpo coberto de penas e respiração pulmonar, controlam a temperatura do corpo (homeotérmicos). Exemplos: galinha, avestruz, ema, pinguim, papagaio, beija-flor.

Mamíferos: Presença de pelos, homeotérmicos e respiração pulmonar, as fêmeas alimentam os filhotes por glândulas mamárias. Exemplos: seres humanos, gatos, cachorros, morcegos.



Animais Invertebrados

Os animais invertebrados são representados por inúmeros filos com características bem diferentes, mas todos são pluricelulares e não possuem parede celular, a saber:

Poríferos: Animais primitivos de água doce ou salgada. São organismos que não possuem órgãos, nem capacidade de locomoção e a reprodução pode ser sexuada ou assexuada. Exemplos: esponjas.

Cnidários: Vivem em água doce ou salgada e alguns deles possuem capacidade de locomoção enquanto outros são sésseis(fixos). Uma característica que os torna peculiares é que os cnidários possuem os “cnidócitos”, ou seja, células urticantes. Alguns exemplos são os corais, as anêmonas e águas vivas (medusas).

Platelmintos: Possuem corpo achatado e podem ser de vida livre ou parasitas. Exemplo: tênias, solitárias, esquistossomos e planárias.

Platelminto
 
Nematódeos ou nematelmintos: Possuem corpo cilíndrico e podem ser de vida livre ou parasitas (humanos e de plantas). Exemplo: lombrigas, oxíuros e outros vermes.

Anelídeos: Possuem corpo segmentado, composto de anéis. Vivem em habitats úmidos na terra e nas águas doces ou salgadas. Exemplos: minhocas, poliquetas e sanguessugas.

Equinodermos: Animais marinhos com presença de exoesqueleto calcário e sistema hidrovascular. O corpo deles possui simetria pentarradial (5 lados iguais). Exemplos: pepinos-do-mar, estrelas-do-mar, ouriços-do-mar.

Moluscos: Animais de corpo mole com presença de concha, pode ser interna (lulas e polvos) ou externa (caramujos, mexilhões) que habitam água (doce ou salgada) e terras úmidas. Exemplo: mexilhões, polvos, lulas, lesmas, ostras, caramujos.

Artrópodes: Os artrópodes compreendem um filo muito diversificado. São caracterizados pelo corpo segmentado e presença de exoesqueleto de quitina. Os principais são:

o        Insetos: borboletas, abelhas, baratas, moscas;

o        Aracnídeos: aranhas, ácaros, escorpiões, carrapato;

o        Miriápodes: centopeia, lacraias, gongolos;

o        Crustáceos: lagostas, caranguejos, siris, camarões.

sexta-feira, 10 de junho de 2016

Cnidários


Cnidários


Características gerais:

Ø   São aquáticos, sendo grande maioria marinha

Ø   Apresentam simetria radial quando adultos
Estrutura corporal:

Ø     São os primeiros da escala evolutiva a apresentar tecidos verdadeiros, formador a partir da ectoderme e da endoderme que, quando adultos, originam a epiderme, mais externa, e a gastroderme, mais interna.
Ø     Entre essas camadas encontra-se a mesogleia, uma lâmina celular gelatinosa, que permite contato entre epiderme e gastroderme.
Ø     Na parte interior do corpo está a cavidade gastrovascular que se comunica com o meio externo por meio da boca e se prolonga pelos tentáculos.


Ø     Tipos de células:
v    Cnidócitos: células urticantes exclusivas dos cnidários que predominam nos tentáculos e servem para defesa e captura de alimento, liberando uma substância tóxica.
v    Célula nutritivo-muscular: revestem a cavidade gastrovascular, ajudam na contração e produção; possuem vacúolos digestivos.
v    Células sensoriais: células da ectoderme que recebem estímulos do ambiente e os transmitem às células nervosas.
v    Célula nervosa: repassa os estímulos recebidos pelas células sensoriais para as células que efetuam a contração. Se comunicam com as células musculares e sensoriais.
v    Célula epiteliomuscular: capazes de contração além de formar a cobertura corporal.
v    Célula intersticial: totipotentes, podendo dar origem à outros tipos de célula.
v    Célula glandular: secretam muco para fixação ao abstrato e enzimas digestivas para ajudar na digestão.



Pólipos e medusas

Ø     Os cnidários podem ser fixos, pólipos, ou nadar livremente, medusas.
v    Pólipos: na base apresenta-se o disco pedal usado para fixa, oposta à boca. Podem existir isolados ou em colônias, como em corais. Quando um morre, pode servir de base para novos pólipos, formando, em milhares de anos, recifes e atóis.


v     Medusas: a boca se localiza na parte côncava do animal, de onde se projetam os tentáculos.



Alimentação

Ø     Grande parte dos cnidários é carnívora e para capturar alimento, os tentáculos envolvem a presa e toxinas são liberadas.
Ø     A digestão ocorre na cavidade gastrovascular: as células da gastroderme secretam enzimas digestivas e o que sobra é absorvido pelas células nutritivomusculares por fagocitose e pinocitose. Os restos de alimento são liberados pela boca.
Ø     Os corais, que são fixos, capturam o alimento por meio da filtração. Eles liberam um muco que se localiza na parte superior da colônia que é posteriormente levado à boca pelos tentáculos.

Fisiologia

Ø   O sistema nervoso é difuso.
Ø   O sistema digestório é incompleto, apresenta somente boca, circundada por tentáculos moles. A digestão é extra e intracelular.
Ø   Não existe sistema excretor. Toda excreção (principalmente amônia) ocorre por difusão simples.
Ø   As trocas gasosas ocorrem pela superfície do corpo, por difusão simples. Portanto, não possuem sistema respiratório e a respiração é anaeróbica.
Ø   Não apresentam sistema circulatório.

Reprodução

Ø     Reprodução por brotamento: o broto surge a partir de uma dobra da parede corporal de um pólipo. Até a formação da boca e dos tentáculos, os dois dividem a cavidade gastrovascular, após isso, o broto se solta e se torna um novo cnidário.
Ø     Reprodução por polifismo reprodutivo: Alguns cnidários apresentam vida com alternância entre a fase de pólipo, com reprodução assexuada, e fase medusa, com reprodução sexuada. A fecundação é externa ou interna. O zigoto se desenvolve em uma larva que se fixa e origina um pólipo, se reproduzindo por estrobilização, originando diversas medusas, fechando o ciclo. As duas fases dessa reprodução são diploides.

Classificação

Ø     Os cnidários são divididos em quatro classes:
v    Hidrozoários: hidras, caravelas e outros pólipos


v    Antozoários: anêmonas e corais.

Resultado de imagem para anemona

v    Cifozoários: águas-vivas.


v    Cubozoários: águas-vivas cuja umbrela tem formato cúbico ("vespas do mar").

terça-feira, 7 de junho de 2016

Embriologia

Embriologia
  

Ø A embriologia consiste na formação dos gametas masculinos (espermatozoides) e femininos (óvulo), na qual a maioria das espécies animais e vegetais apresentam células que possuem a metade dos seus cromossomos (com a informação genética) e a partir da união deles, vai se formar o ovo ou zigoto,  e assim originando um novo indivíduo.

Ø O zigoto irá se dividir diversas vezes por mitose até originar um novo indivíduo. Surgem dessa maneira diversos tipos de célula com diferentes formatos e funções. As células irão se organizar e formar os tecidos, onde conjuntos de tecidos reunidos formam os órgãos, e os conjuntos de órgãos formam os sistemas que, e assim, formam o organismo.

Ø Nos animais, o embrião pode formar um ser adulto através do crescimento direto, ou produzir uma larva que passará por metamorfose e concluir o mesmo objetivo. 
Ø
Na fecundação, o núcleo dos gametas se fundem para formar o zigoto, que assim  constitui a célula diploide. No caso dos animais ovíparos, como as aves, o embrião desenvolve-se fora do organismo, alimentando-se de uma substância feita pelo óvulo, o vitelo. Já no caso dos animais vivíparos, como os mamíferos, o embrião é desenvolvido no interior, mas com alimentação fornecida pelo organismo no qual está dentro.

Fases de desenvolvimento embrionário:


Ø De modo geral, o desenvolvimento dos embriões ocorrem em três fases: segmentação, gastrulação e organogênese.
Ø Na segmentação, o número de células aumenta, mas não há aumento do volume total do embrião, pois as divisões celulares são muito rápidas e as células não têm tempo para crescer.
Ø Na fase seguinte, a gastrulação, o aumento do número de células é acompanhada do aumento do volume total. Ocorre nessa fase a diferenciação celular, onde acontece a formação dos folhetos germinativos ou folhetos embrionários, que darão origem aos tecidos (ditos anteriormente).
Ø No estágio da organogênese, acontece a diferenciação dos órgãos.

Segmentação


Gastrulação


Organogênese


Poríferos



PORÍFEROS


CARACTERÍSTICAS GERAIS:

Ø Os poríferos, provavelmente, surgiram há cerca de 1 bilhão de anos;

Ø Este filo é constituído pelos animais que são vulgarmente chamados de esponjas;

Ø A maioria das espécies vive no fundo dos mares, apoiada sobre o fundo rochoso ou arenoso; 

Ø São poucas as espécies que habitam águas doces;


ESTRUTURA CORPORAL:
    
Ø Os poríferos não apresentam folhetos embrionários verdadeiros durante o desenvolvimento e também não desenvolvem tecidos diferenciados em nenhuma etapa da vida;
       

·        Átrio-> Cavidade interna das esponjas, que se comunica com o ambiente externo pelo ósculo;
·        Ósculo-> Localizado na parte superior do corpo da esponja, é uma abertura que se comunica com o meio externo, e é por onde sai a água;
·        Poros->  Aberturas que permitem a passagem de água;
·        Mesênquima-> Local onde as células ficam e onde elas realizam funções fisiológicas;
·        Espículas-> Proteção contra predadores e sustentação. São secretadas pelos esclerócitos;

Ø Além disso, as esponjas possuem diversos tipos de células, com diferentes funções:
·        Pinacócitos-> Suas funções são: a proteção e o revestimento;
·        Porócitos-> Sua função é: Permitir passagem de água;
·        Coanócitos-> Suas funções são: Permitir o fluxo de água e capturar alimento;
·        Amebócitos-> Suas funções são: Transporte de alimento, trocas gasosas e regeneração;
·        Esclerócitos-> Suas funções são: Defesa e sustentação;



Ø Entre as camadas de pinacócito e coanócito, encontra-se o mesoílo, camada de espessura variável, composta de substância amorfa (sem forma definida), na qual estão imersas as espículas, fibras de colágeno e diversos tipos celulares;

Ø As esponjas têm diversas formas corporais:

·        ASCONOIDE: A esponja se assemelha a um vaso. Os poros atravessam a parede e atingem o átrio.

·        SINOCOIDE: A parede corporal dobra-se sobre si mesma; cada dobra delimita uma pequena câmara na parede corporal.

·        LEUCONOIDE: As esponjas possuem um padrão de dobras mais complexo, com inúmeras câmaras interligadas por canais.



SUSTENTAÇÃO CORPORAL:

Ø As esponjas têm espículas minerais e filamentos de proteínas fibrosas que auxiliam na sustentação do corpo.

Ø O colágeno forma uma rede no mesoílo denominada espongina.

Ø Em algumas esponjas, a rede de espongina pode ser bastante extensa.

Ø O conjunto de espículas forma um esqueleto mineral, importante elemento de sustentação corporal das esponjas.

Ø Espículas de sílica ou de cálcio estão presentes em quase todas as esponjas e são produzidas pelos esclerócitos, um tipo de amebócito.


Ø As espículas podem se apresentar isoladas umas das outras ou, em algumas espécies, formar esqueletos maciços.
Euplectella_SiO
Euplectella – Esponja com esqueleto silicoso.

CIRCULAÇÃO DE ÁGUA:
Ø Esses animais caracterizam-se pela presença de inúmeros poros na parede corporal, por onde a água do meio circundante penetra no corpo do animal. O movimento da água é provocado pelo batimento dos flagelos dos coanócitos. A água presente no interior do átrio é impelida para fora do corpo da esponja, saindo pelo ósculo.
Ø A ordem do fluxo de água é: Poro->Átrio->Ósculo.

NUTRIÇÃO, EXCREÇÃO E TROCAS GASOSAS:

Ø A água que circula no interior do corpo das esponjas traz partículas nutritivas (detritos orgânicos, algas microscópicas, protozoários, bactérias) das quais se alimentam por filtração.
Ø Geralmente  partículas maiores do que 50nm não conseguem sair pelos poros, por isso não penetram no corpo das esponjas.
Ø Ao passo que a água circula, os conanócitos fagocitam as partículas nutritivas.
Ø Deste modo, a digestão nas esponjas é intracelular.

Ø A eliminação de resíduos alimentares não digeridos ocorre por exocitose.
Ø Esses resíduos são lançados no átrio, acompanhando o fluxo de água que sai pelo ósculo.
Ø A excreção de subprodutos metabólicos (amônia), assim como as trocas gasosas, realiza-se por simples difusão.


REPRODUÇÃO:

Ø Mesmo não possuindo órgãos reprodutores, podem se reproduzir tanto sexuada quanto assexuadamente;
Ø Reprodução sexuada:
·        A maior parte das esponjas é hermafrodita.
·        Os gametas são formados em células chamadas gonócitos, que são derivadas dos amebócitos.
·        Os espermatozóides saem da esponja pelo ósculo e penetram em outra esponja pelos poros, junto com a corrente de água.
·        São captados pelos coanócitos e transferidos até os óvulos, que ficam na mesogléia, e promovem a fecundação.
·        Do ovo surgirá uma larva ciliada, de vida livre, que abandona a esponja e nada até se fixar em um substrato e dar origem a um novo indivíduo.



Ø Reprodução assexuada:
·        Os fungos possuem a capacidade de regeneração.
·        Isto permite que fragmentos de indivíduos se desenvolvam e se tornem outros organismos.
·        Esponjas fragmentadas podem dar origem a novos indivíduos.
·        A maioria das esponjas é capaz de produzir gêmulas, que são agregados de células que contém grande quantidade de reservas nutritivas e envoltos em camadas de espongina.
·        As gêmulas são muito resistentes ao frio e a dessecação e se formam quando as condições ambientais, como a temperatura ou a disponibilidade de água, tornam-se desfavoráveis.
·        Quando o ambiente volta a ser favorável, as células da gêmula diferenciam-se nos tipos celulares característicos do grupo, dando origem a um novo animal.

·        Muitas das espécies marinhas podem se reproduzir pelo brotamento. Os brotos destacam-se da esponja-mãe e são carregados pela correnteza de água até se fixarem a um substrato, no qual se desenvolverão.