quarta-feira, 15 de junho de 2016

Reino Fungi

INTRODUÇÃO
O Reino Fungi é dividido em quatro grupos, são esses: quitridiomicetos, zigomicetos, ascomicetos e basidiomocetos.

ZIGOMICETOS:
Os zigomicetos são também denominados ficomicetos. Alguns são parasitas mas a maioria são saprófagos, vivendo livremente no solo e se alimentando de matéria orgânica em decomposição.
São formados por hifas de parede quintinosas, não possuem esporos flagelados e mais de 750 mil espécies são conhecidas atualmente.
Na reprodução sexuada produzem zigósporos (o conjunto de zigotos dormentes dentro do zigosporângio é conhecido como zigósporo) que são zigotos com parede espressa e resistente, também formam zigosporângios. Na reprodução assexuada formam esporos em esporângios.


QUITRIDIOMICETOS:
Os quitridiomicetos vivem em água doce ou salgada e em solo úmido, vivem da absorção da matéria orgânica. São cosmopolitas, o que significa que vivem em diversas partes do mundo, podendo ser parasitas ou saprófagos. Têm células com flagelo em alguma fase da vida, sendo este auxiliar na locomoção em meio aquático.
Os gametângios geram gametas haploides flagelados, originando um zigoto diploide. Esse zigoto se desenvolve e forma um fungo diploide,que dá origem a um gametófito e um esporófito, assim reiniciando o ciclo, alternando entre as fases sexuada e assexuada.


ASCOMICETOS:
Os ascomicetos podem ser saprófagos, mutualísticos ou parasitas, a sua maioria é constituída por hifas. Englobam a maioria dos fungos patogênicos para as plantas. Uma das suas principais características são os micélios septados, com sua parede celular contendo quitina e glucanas, e o asco, que é a produção de um tipo especial de esporângio.
Nos unicelulares a reprodução assexuada ocorre por brotamento, já nos pluricelulares por esporos. Na reprodução sexuada as hifas formam os ascogônios (gametângios femininos) e os anterídios (gametângios masculinos). Quando os dois se encontram e forem de sexo oposto, podem se fundir, dando origem a um novo fungo.



BASIDIOMICETOS:
São cosmopolitas e vivem principalmente em um ambiente terrestre, sendo a maioria saprófaga, mas também existem parasitas e mutualísticos. Seu micélio é composto de várias hifas ramificadas.
A reprodução assexuada ocorre por fragmentação do micélio e produção de esporos. A reprodução sexuada Pode acontecer através da copulação de duas hifas, ou de um esporo e uma hifa.

BASIDIOMICETOS
CARACTERÍSTICAS:
Basidiomicetos, ou Basidiomycota é o filo do reino dos Fungos que contém cerca de 22 mil espécies. Tais tipos de fungo são cosmopolitas, ou seja, é comum a todos ou a marioria dos países do planeta. Eles vivem bem em ambiente terrestre e a sua maioria é saprófaga, o que significa que eles vivem sobre a matéria orgânica de organismos não vivos que estão em decomposição. Porém existem alguns que são parasitas. Alguns basidiomicetos são mutualísticos, e estabelecem relações benéficas com outros organismos.

A característica que principalmente distingue os basidiomicetos dos outros filos é a existência do basídio, que é uma estrutura que responsável por produzir exógenos, nomeados basidioesporos. Os basidioesporos são geralmente encontrados em número de quatro. Em sua maioria, os basidiomicetos são unicelulares e miceliais, porém existem algumas exceções como as leveduras basidioporógenas, que são unicelulares. Outra característica que distingue os basidiomicetos é o grampo de conexão, que faz com que seja transmitido um núcleo de uma hifa dicariótica para outra.


REPRODUÇÃO:
Os basidiomicetos podem se reproduzir de forma sexuada ou assexuda.
Na reprodução sexuada há a copulação de duas hifas compatíveis ou então de um esporo e uma hifa. Com esta junção é formada uma celular dicariótica ou binucleada que sofre divisão celular (neste caso, sofre fibulação, um tipo de divisão celular). Depois ocorre a carioagamia e a meiose, que no fim formarão quatro basidiósporos. Tais basidiósporos são lançados no ambiente de forma que sejam espalhados pelo vento ou por animais.

Já a reprodução assexuada pode ocorrer com a fragmentação do talo, com a produção de esporos assexuais ou então, com o brotamento em espécies unicelulares.


IMPORTÂNCIA:
Os cogumelos são comumente usados na indústria alimentícia, como o cogumelo champignon, da espécie Agaricus campestris, que é muito usado na produção de pratos como estrogonofe, pizzas, etc.

Alguns basidiomicetos são extremamente prejudiciais para plantas, para o homem e para animais domésticos e selvagens. Exemplo disso é a ferrugem do café, doença que afeta as folhas de café, causada pelo fungo Hemileia vastatrix, um basidiomiceto.
Como a maioria dos fungos, eles tem um papel importante na decomposição da matéria orgânica, sendo essenciais para a reciclagem de nutrientes.

ASSOCIAÇÃO DOS FUNGOS:

Algumas espécies de fungos se associam com outros organismos estabelecendo com eles relações que podem ser benéficas, ou não.
O mutualismo é uma relação harmônica interespecífica em que duas espécies se associam e se beneficiam dessa interação, que às vezes pode ser de dependência ou não. Por vezes chamado de mutualismo obrigatório, o mutualismo se diferencia da protocooperação pelo fato de que a sobrevivência das espécies envolvidas no mutualismo depende da interação entre ambas. A seguir iremos ver alguns exemplos de mutualismo.
Os líquens são constituídos por algas clorofiladas e fungos que vivem em estreita associação, sendo que as algas, por meio da fotossíntese, sintetizam matéria orgânica que o fungo utiliza como alimento. Por sua vez, o fungo consegue reter umidade e nutrientes que a alga utiliza, além de conferir proteção à alga. Esse mutualismo entre a alga e o fungo permite que os líquens sobrevivam em ambientes em que nem a alga e nem o fungo conseguiriam sobreviver sozinhos.
Já as micorrizas são associações entre fungos e raízes de certas plantas, como orquídeas, morangueiros, tomateiros, pinheiros, etc. O fungo, que é um decompositor, fornece ao vegetal nitrogênio e outros nutrientes minerais; em troca, recebe matéria orgânica fotossintetizada.

O parasitismo, por exemplo, é um fungo se relacionando com um ser vivo, sendo essa relação negativa para o ser, pois os fungos parasitas se alimentam de substâncias que retiram dos organismos vivos nos quais se instalam, prejudicando-o. Os fungos parasitas geralmente não matam o hospedeiro mas limitam grandemente o seu crescimento. No caso de fungos parasitas de plantas, o esporo desenvolve-se à superfície da folha, penetrando pelo estoma e formando expansões designadas haustórios, através dos quais retira o alimento de que necessita dos citoplasmas vegetais.
Um exemplo é a micose. Nela, os fungos se desenvolvem efetivamente na pele humana e de animais, por meio de estruturas filamentosas ramificadas e septadas denominadas "hifas". O conjunto das hifas constitui o chamado "micélio", o qual se nutre de uma proteína existente na superfície da pele denominada queratina. Por esta razão são também denominados fungos ceratinofílicos. São infecções que se desenvolvem e proliferam rapidamente, na maioria das vezes em que há um excesso de calor e umidade.

Há também o predatismo, aonde “estranhos” fungos capturam e alimentam-se de pequenos animais vivos (nemátodos) que vivem no solo. As hifas destes fungos segregam substâncias anestésicas que imobilizam estes animais, após o que envolve o seu corpo com o micélio e o digerem. Outras espécies de fungos predadores capturam os nemátodos com o auxílio de verdadeiras armadilhas formadas por argolas de hifas, que, quando estimuladas pela passagem do animal, aumentam de tamanho em cerca de 0,1 segundos, aprisionando-o, sendo de seguida digerido.
Comensalismo é uma das relações entre organismos de espécies diferentes que se caracteriza por ser benéfica para uma espécie, não causando prejuízo para a outra espécie. O fungo é beneficiado enquanto o outro organismo da associação é neutro. Um exemplo é a decomposição. Fungos são os principais decompositores da natureza, quebrando os produtos orgânicos e reciclando carbono, nitrogênio e outros compostos do solo e do ar.

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